Os cães avisam quando há algo errado

Acordo no meio da noite assustada com os latidos dos cachorros do lado de fora. Parece que algo chamou a atenção de todos eles. Olho no relógio, é 1:02, está tarde, mas parece que os cães não estão nem aí.

Me levanto, dou uma boa olhada na rua. Nada. Volto e olho para o relógio: 1:06, os cães param repentinamente. Aliviada, volto a dormir.

Mais uma noite, acordo com os cães latindo desesperadamente. Olho no relógio e é 1:02. Mas o que acontece para eles latirem esse horário? Levanto rapidamente, a fim de saber o que realmente está acontecendo.

Nada. A rua está vazia.

Desolada, volto para meu quarto e tento dormir. Os latidos logo cessam e adormeço.

….

Terceira noite. Acordo e olho no relógio já sabendo o que encontrar: 1:02. Não pode ser coincidência! Me canso e resolvo fazer uma busca mais apronfudada pela rua. Caminho pela calçada, seguindo a trilha dos latidos.

Percebo que há algo estranho em uma árvore no fim da rua. Ela não para de se mexer e nem está ventando.

Me aproximo com cuidado, um passo de cada vez. Enquanto isso olho atentamente, rezando para que não seja nada que me coloque em perigo.

Quando estou prestes a tocar em uma das folhas, algo salta em minha direção. Dou um grito de horror e caio para trás.

Tento me reequilibrar, com medo do que vou encontrar. Quando estou prestes a me levantar, ouço um ruído familiar….miiiiiiaaaaaaau.

Era Tobias, o meu gato. Como sempre, provocando os cães da rua toda e, de quebra, atrapalhando meu sono. Era de se esperar.

Pego Tobias no colo e volto para casa. Após saber que ele era o real motivo, adormeci mais tranquila. Não era nada demais, apenas um gato bobo incomodando a vizinhança.

Ou era o que eu pensava…

Na outra noite, deitei aliviada e já contando com as peripécias do meu gato. Fui ver onde ele estava e o encontrei na caminha dele. Despreocupada, fui dormir.

1:02. Acordo já acostumada e. sem me importar, fecho os olhos novamente,  sabendo do meu gato na rua.

Mas, tentando pegar no sono, me viro para o outro lado e sinto algo felpudo e macio encostar no meu braço… Era…Tobias!

Estranhamente, os cachorros continuam a latir… olho no relógio, 1:05. Aflita, fico sem coragem para levantar. Me agarro a Tobias, esperando que aquilo passe logo.

1:06. Como que ouvindo minhas preces, os latidos cessam. Antes que eu pudesse respirar aliviada, ouço passos pesados, que parecem estar bem perto da minha porta. Me encolho. Continuo a ouvir os passos.

Quem será?

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