O mundo hoje é composto por inúmeras profissões, inúmeras funções na qualquer ser humano pode exercer e construir um plano de carreira. Muitas vezes funcionando como uma grande colmeia onde cada um de nós precisa fazer algo para ser útil e caso não faça, logo é excluído da sociedade ou taxado como preguiçoso e vagabundo.
Ou seja, desde cedo aprendemos, não importa o que você irá fazer ou se você está feliz em fazer, o que importa é fazer e ganhar dinheiro. Claro, este último é extremamente importante, é o chamado ‘ganha-pão’, que para a sociedade é um motivo mais que suficiente para exercer uma função.
Mas há aqueles que não pensam assim, pensam totalmente ao contrário. Coitados desses. Seres tão iluminados ou fora de órbita que vivem buscando o grande porquê de sua vida, uma função que traga algum sentido a sua existência. Eles buscam valor, um valor muito maior do que o dinheiro pode pagar, vão além do plano de carreira. Aliás, o dinheiro é o que menos importa para essas pessoas. Porque sua motivação está além, está nos sonhos, na sensibilidade e na arte.
Entretanto, como a sociedade vê pessoas com essa ideologia?
Ah, ela não aceita, pode ter certeza que não aceita. Embora tenhamos grandes líderes, grandes ídolos e celebridades como ícone, que são igualmente admiradas por ousarem, ultrapassando as barreiras da zona de conforto, nós não aceitamos, que nós, seres comuns, sigamos nossos sonhos.
Não podemos, pois somos comuns…
Mas o que me torna comum? Não é ser igual? Seguir padrões?
E aquele que não é assim? É admirado ou louco?
Está claro que a sociedade não quer que sigamos nossos sonhos, está claro também que ela deseja que sejamos comuns.
Que trabalhemos, façamos algo, qualquer coisa que nos dê muito dinheiro, sem importar se gostamos ou não, se estamos realizados.
Sim, é verdade. Já li textos assim, julgando os pais que ensinavam os filhos a seguir os seus sonhos, que os encaminhavam para essa triste vida. Afinal, segundo o texto, isso é criar jovens preguiçosos ao invés de escravos trabalhadores, como deve ser.
Por isso, eu tenho pena dos sonhadores. Sim, tenho pena…
Não são valorizados, são excluídos, escorraçados e incompreendidos. Incompreendidos, pois, são os únicos que compreendem que a melhor coisa é aliar o trabalho, o estudo e a arte, abrindo a mente das pessoas, introduzindo o pensamento crítico e direcionamento o autoconhecimento a arte, segundo a teoria de Max Weber.
Essas pessoas que seguem seus sonhos, são os únicos que entendem que o dinheiro é só um pedaço de papel e que o verdadeiro valor está no seu coração e no valor de ser útil. Porém, mesmo eu tendo pena dessa triste vida, eu digo, nunca deixe de sonhar e de buscar o verdadeiro valor, pois enquanto todos pensam que você estará perdendo, com certeza estará ganhando muito mais do que qualquer um.
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